Curso de Engenharia de Alimentos da USP leva instituição a ocupar ranking mundial

O curso de Engenharia de Alimentos e outras quatro áreas de concentração da Universidade de São Paulo (USP) levaram a instituição a ocupar o ranking das 50 melhores universidades do mundo. O Global Ranking of Academic Subjects 2023 é elaborado pela consultoria chinesa Shanghai Ranking, um dos precursores dos rankings de universidades.

O ranking avaliou mais de 5 mil universidades de 104 países em 55 áreas de concentração, agrupadas em cinco grandes temas: Ciências Naturais, Engenharia, Ciências da Vida, Ciências Médicas e Ciências Sociais. A USP foi classificada em 34 áreas de concentração e figura entre as 50 melhores instituições do mundo em cinco delas: Odontologia (14º), Ciências Agrícolas (23º), Veterinária (30º), Engenharia de Alimentos (31º lugar) e Engenharia Têxtil (31º).

O ranking analisa os dados bibliométricos, levando em consideração cinco indicadores: número de artigos publicados; impacto dos artigos indexados no InCities; extensão da colaboração internacional; número de artigos publicados em revistas de impacto; e número de docentes premiados internacionalmente. A classificação por área de concentração é divulgada desde 2009.

O Global Ranking of Academic Subjects é uma vertente do Academic Ranking of World Universities (ARWU), publicado desde 2003 pela Shanghai Jiao Tong University e considerado um dos precursores dos rankings de universidades.

Veja abaixo a classificação da USP em cada uma das 34 áreas de concentração:

CONFIRA AQUI.

Pesquisadores do curso de Engenharia de Alimentos da USP produzem alimentos feitos de insetos

Neste ano, o curso de Engenharia de Alimentos da USP também ganhou outro destaque, desta vez na produção de algo inovador no mercado. Pesquisas realizadas no Departamento de Engenharia de Alimentos (ZEA) da Faculdade de Zootecnia e Engenharia de Alimentos (FZEA) da USP produziram e analisaram alimentos feitos com farinha obtida a partir de larvas de mosca. O intuito dos trabalhos, segundo os especialistas, é buscar fontes alternativas de proteína que sejam sustentáveis e que possam contribuir no combate à fome.

Dois estudos vêm sendo realizados em conjunto, utilizando larvas da mosca-soldado-negra (Hermetia illucens), conhecida em inglês pela sigla BSF, de Black Soldier Fly – espécie que já é usada como fonte de proteína na produção de ração para animais, tanto no Brasil quanto no exterior. Um dos trabalhos integra a pesquisa de doutorado de Vanessa Aparecida Cruz, orientanda da professora Alessandra Lopes de Oliveira, e é direcionado para o estudo da extração do óleo da farinha das larvas da mosca-soldado-negra utilizando métodos sustentáveis e a inclusão da farinha desengordurada em pães, com a colaboração da professora Fernanda Vanin. Já o estudo de Letícia Aline Gonçalves, que desenvolve seu doutorado sob orientação do professor Marco Antonio Trindade, envolve o uso da farinha em salsichas.

As pesquisas nos laboratórios de Tecnologia de Alta Pressão e Produtos Naturais, de Qualidade e Estabilidade de Carnes e Produtos Cárneos e de Processamento de Pães e Massas da FZEA integram um projeto aprovado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), coordenado por Alessandra Oliveira e que conta com Trindade como pesquisador associado. Estudos realizados no Laboratório de Tecnologia de Alta Pressão e Produtos Naturais testaram um método inovador para extrair óleo da farinha da mosca-soldado-negra, desengordurando-a e tornando-a menos calórica. Sendo uma fonte proteica de baixa caloria, a farinha mostrou-se uma opção para ser testada na produção de pães e salsichas.

Saiba mais sobre a pesquisa no site da USP.

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