Tecnologia e o Serviço de Alimentação

O setor de alimentos é um dos que mais impacta na geração de saldo positivo na balança comercial brasileira e, apesar de ter sido um setor muito afetado economicamente na pandemia de COVID-19, o crescimento nos últimos 10 anos foi exponencial e as perspectivas pós-pandemia ainda são boas. O serviço de alimentação em especial vem ganhando novo posicionamento nos últimos anos, tendo a abordagem da gastronomia cada vez mais popularizada através das mídias sociais e programas de TV, elevando também a exigência dos consumidores.

Neste novo cenário que vivemos, com diversas restrições no setor para evitar disseminação do vírus Sars-CoV-2, as empresas tiveram que se atualizar e se reinventar diante de mais exigências, passando a ser mais valorizadas questões como a higiene e segurança do alimento, a saudabilidade das refeições (principalmente alimentos que auxiliam no reforço imunológico), diminuição de contato físico entre as pessoas, os produtos e objetos em comum.

E assim percebemos um setor que ainda era relutante, se vendo obrigado a investir em tecnologia de um dia para o outro, principalmente no serviço de atendimento ao público. Passamos a ter, em muitos dos restaurantes, os cardápios na tela do nosso celular através de QR code, por exemplo. Outros tantos se adequando com relação ao formato de serviço, tendo que oferecer o mesmo padrão de qualidade em serviços de delivery, que gerou investimento em tecnologias para embalagens, visando garantir o produto lacrado e seguro no trajeto até o cliente.

Em paralelo a isso temos uma evolução tecnológica que vem há anos disponibilizando cada vez mais soluções para este ramo, que variam de equipamentos como forno combinado, fogão por indução, equipamentos de refrigeração, até coifas com tecnologias avançadas, porém ainda não são amplamente utilizadas. Abaixo, estão relacionados alguns dos principais pontos propostos para que as empresas do ramo alimentício invistam em tecnologia:

Mesmo com tantos benefícios da aplicação de tecnologia, também trago para reflexão algumas dificuldades percebidas no dia a dia da operação que podem manter o setor de alimentação ainda parado no tempo.

Entramos na era da indústria 4.0, ou 4ª revolução industrial, termo que engloba algumas tecnologias para automação e troca de dados, e utiliza conceitos de sistemas ciber-físicos, internet das coisas, computação em nuvem, big data com foco em melhorar a eficiência e produtividade.

Estas novas tecnologias trazem inúmeras oportunidades para a agregação de valor aos clientes e aumento de produtividade de processos, mas sem o enfoque adequado, podem desperdiçar grandes investimentos, com poucos resultados.

Cabe a nós, profissionais da área, pesquisarmos o que o mercado oferece e ter a visão do que pode ser melhor aproveitado dentro da realidade de cada um.

 

Referências:

https://www.abia.org.br/

http://www.brasilfoodtrends.com.br/

PRADO, Matheus. Demanda de restaurantes de alta gastronomia pressiona fornecimento de embalagens. Disponível em https://www.cnnbrasil.com.br , acesso em 23/01/2021

MARTINS, Tabata. Tecnologia: mais qualidade nas cozinhas industriais. Disponível em https://www.foodservicenews.com.br ,  acesso em 23/01/2021.

REDAÇÃO TECNO CARNES, Blockchain no rastreio da carne já é realidade. Saiba mais!. Disponível em https://www.foodconnection.com.br,  acesso em 23/01/2021.

http://www.industria40.gov.br/

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