Universidade federal do Rio Grande do Norte cria antisséptico para animais leiteiros

Pesquisadores da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), em parceria com a Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA), desenvolveram um antisséptico à base de extrato pirolenhoso (EP) de eucalipto capaz prevenir infecções, como a mastite, na pós-ordenha de animais leiteiros. De acordo com os cientistas, a solução tem componentes naturais, renováveis e que não agridem o meio ambiente.

Gil Sander Prospero Gama, mestranda em Ciências Florestais (UFRN) explica que a tecnologia tem como princípio ativo o extrato pirolenhoso (EP), um coproduto líquido da produção industrial do carvão vegetal com efeito antibiótico. “Na produção do carvão vegetal, a gente insere a lenha no forno de carbonização. Grande parte dessa lenha era perdida em fumaça. Desenvolvemos técnicas que fizeram com que essa fumaça fosse condensada. A partir da condensação é formado o líquido pirolenhoso bruto. Dele é extraído o extrato EP”, explica.

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O antisséptico tem diversos benefícios como a diminuição da resistência microbiana, o aumento da produtividade de leite, além do custo de produção, que é bem inferior aos produtos comercialmente utilizados. De acordo com a pesquisadora, “os resultados mostraram que não ocorreu alteração na qualidade do leite. O produto não é tóxico nem para o meio ambiente, tampouco para a saúde dos animais”.

Gil ressalta ainda que inflamações como a mastite são bastante comuns no período da pós-ordenha, momento em que os canais dos tetos dos animais estão abertos e servem como porta de entrada para os microrganismos patogênicos. “Tal inflamação pode provocar sérias perdas na produção do leite e, dependendo de seu alcance, até a perda dos animais”, informa.

A inovação na área veterinária e farmacêutica teve o pedido de patente registrado. A expectativa é de que em breve possa chegar ao mercado e beneficiar o maior número de produtores de leite do país.

Fonte: Capes

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