A empresa bioquímica holandesa Avantium divulgou recentemente que até 2023 quer implementar a primeira unidade de produção comercial de embalagem feita com o polímero PEF (polietileno furanoato). Este bioplástico é composto inteiramente por plantas, é 100% reciclável e se degrada na natureza bem mais rápido do que as embalagens tradicionais. De acordo com a companhia holandesa, o polímero PEF tem potencial para substituir materiais usados em embalagens como PET, vidro ou alumínio. A expectativa é que no início de 2024 garrafas feitas com PEF apareçam nos mercados europeus.
Vantagens do PEF
De acordo com o site europeu Food Navigator, o material é composto por açúcares de milho, trigo ou beterraba. A embalagem tem como diferencial o fato de conseguir reter melhor o dióxido de carbono do que as embalagens PET convencionais. Ou seja, o material pode ser tão bom quanto o vidro em termos de manter a carbonatação de bebidas, como cervejas. Além disso, o PEF tem maior estabilidade térmica e é um pouco mais forte do que o PET, disse o site europeu em uma matéria sobre a iniciativa. O PEF também pode ser usado em todo o setor de refrigerantes, sucos, águas e cervejas.
Custo de produção é maior
Segundo a Avantium, o custo para intensificar a produção é alto. Atualmente, o PET custa cerca de € 1 por quilo, já o PEF está entre € 8 a 10 por quilo. Essa diferença de preço justifica a meta da companhia holandesa em produzir apenas 5 mil toneladas de PEF de início. Para eles, é preciso que a produção cresça à medida que a demanda por plásticos renováveis aumente.
Uma outra estratégia da empresa europeia é construir fábricas em maior escala para que os preços caiam. Com o produto sendo comercializado em maior escala, mais materiais estarão disponíveis com custos significativamente menores.