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Fatores que afetam a eficácia da higienização na indústria de alimentos

A especialista e fundadora do Laboratório Biocler, Rosecler Bilibio, conversou com o Portal e-food sobre os processos de higienização das superfícies, equipamentos e dos manipuladores na indústria de alimentos

Na indústria de alimentos, as condições de higienização das superfícies, equipamentos e dos manipuladores estão entre os principais e mais importantes controles a serem realizados. Por isso, é de conhecimento dos profissionais da área vários métodos de higienização existentes como limpeza manual (escovação, raspagem, lavagem com água e detergente), que tem o objetivo de remover sujidades.

Após essa etapa é realizado CIP (Cleaning in Place), normalmente utilizado para sistemas fechados. Em seguida é utilizada sanitização química (desinfetantes, ácidos etc), térmica (água quente e vapor), sanitização com luz UV ou ozônio.

Cada método tem suas vantagens e desvantagens, sendo a escolha do método ou a combinação deles dependente do tipo de produto, do processo de produção, das regulamentações vigentes e dos equipamentos utilizados na indústria.

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No entanto, a eficácia do processo de higienização na indústria de alimentos pode ser afetada por diversos fatores e condições. O Portal e-food convidou a bióloga Rosecler Bilibio, fundadora do Laboratório Inteligente Biocler, para esclarecer os principais fatores/condições que podem afetar a eficácia do processo de higienização. Com experiência no controle de qualidade da indústria de água, bebidas e alimentos, através das análises microbiológicas e físico-químicas, a especialista listou alguns fatores/condições. Confira abaixo:

01- Qualidade da água e temperatura – verificar a qualidade da água, como presença de microrganismos, pode comprometer a eficácia dos agentes de limpeza e sanitização, bem como a temperatura. Exemplo de águas duras, contendo altos níveis de cálcio e magnésio, podem reduzir a eficácia dos detergentes e sanitizantes. O Laboratório Biocler realiza os ensaios de qualidade da água para verificar e quantificar os parâmetros físico químicos e microbiológicos.

02- Tempo de contato: a eficácia dos agentes de limpeza e sanitização depende do tempo de contato adequado com as superfícies a serem higienizadas. Quando o tempo é insuficiente pode resultar em higienização incompleta, enquanto tempo excessivo pode causar corrosão ou outros danos aos equipamentos.

03- Concentração dos produtos químicos: concentrações inadequadas podem comprometer a eficácia, sendo importante seguir as recomendações do fabricante para diluição.

04- Tipos de sujidade: resíduos orgânicos (gorduras, proteínas, carboidratos) e inorgânicos (sais minerais) podem requerer diferentes tipos de agentes de limpeza.

05- Design e manutenção dos equipamentos

  • Design sanitário: equipamentos com cantos vivos, superfícies rugosas ou de difícil acesso são mais difíceis de higienizar adequadamente.
  • Manutenção Regular: equipamentos mal mantidos podem acumular resíduos e microrganismos, dificultando a higienização.
  • Tipo de superfície: superfícies de aço inoxidável são mais fáceis de higienizar do que superfícies porosas, como plástico ou madeira.
  • Condições da Superfície: superfícies danificadas, corroídas ou com fissuras podem abrigar microrganismos e dificultar a limpeza. 

06- Eficiência do método: ,métodos de aplicação inadequados, como pressão de água insuficiente ou aplicação irregular de sanitizantes, podem comprometer a higienização.

07- Treinamento e práticas dos operadores:  os operadores bem treinados são mais capazes de seguir procedimentos corretos de higienização e identificar problemas.

A importância dos laboratórios para obter processos seguros

Mas afinal, como os laboratórios participam dessa etapa na indústria de alimentos na prática? A fundadora do Laboratório Biocler explica que os laboratórios desempenham um papel decisivo na garantia da segurança dos processos na indústria de alimentos. “Eles participam de várias etapas, desde a análise de matérias-primas até a verificação do produto. Participam da análise de matérias primas, no monitoramento do ambiente de produção, no controle microbiológico de todo o processo e produto final, além de testes para verificar a eficácia dos procedimentos de limpeza e sanitização”, esclarece Rosecler Bilibio.

O Laboratório Biocler oferece programas inteligentes para ajudar no processo de segurança de alimentos e na verificação de higienização e sanitização na indústria de alimentos. É um laboratório reconhecido e auditado, aprovado em acreditações e certificações como CGCRE/Inmetro, REBLAS e ILAC.

Faça uma consulta com um especialista da Biocler.

Etapa 1 – Minuto com especialista: reunião online com um especialista. Objetivo: Entender a necessidade do uso, dúvidas e legislações.
Etapa 2 – Amostragem e Ensaios Microbiológicos e físico – químicos.
Etapa 3 – Soluções inteligentes através de uma consultoria online ou in loco pela equipe de inteligência técnica, após avaliação dos resultados.

A Biocler possui os seguintes programas inteligentes: 

  • Safe Clean – análise de superfície
  • Safe Water – análise de água
  • Safe food – análise de alimentos 
  • SmartLab – autoteste e testes rápidos para aplicar diariamente dentro do processo. 

Para testar a eficiência do processo, o laboratório lançou o Selo SafeLife – programa de autocontrole.

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