Muitas vezes, nos esquecemos que a fábrica é apenas uma parte da cadeia na qual o alimento é submetido. Ou seja, garantir a qualidade dos produtos alimentícios envolve promover um sistema de gestão que adote boas práticas nas etapas subsequentes à produção e que, em sua maioria, estão fora do controle do fabricante. Tal/Esse sistema envolve transportadores, clientes, depósitos, atacadistas e até mesmo o próprio consumidor.
Um produto fabricado totalmente dentro das suas especificações algumas vezes tem seus atributos alterados por condições inadequadas de manuseio e/ou armazenagem, praticadas nas etapas após a fabricação. O desconhecimento das boas práticas de manuseio e armazenagem faz com que os produtos alimentícios – mesmo em suas embalagens originais de fábrica – sejam expostos à condições capazes de alterar suas características, tornando-se desagradáveis ao consumidor e, em alguns casos, impróprios para o consumo. Os desdobramentos de tais problemas podem ir desde reclamações recebidas no SAC a ações judiciais e exposição da marca. Vale lembrar, também, que estamos em um momento que a informação é passada por todos a qualquer hora e com uma amplitude imensurável.
Diante disso, a divulgação, a conscientização e a aplicação dos cuidados com manuseio e estocagem devem fazer parte do sistema de gestão das grandes marcas de alimentos, abordando principalmente os seguintes pontos:
- Temperatura de armazenagem;
- Condições de empilhamentos;
- Separação de tipos de produtos, tanto no estoque quanto na área de vendas;
- Controle de validade dos produtos.
Identificar os possíveis impactos para o alimento ao longo da cadeia, estabelecer ferramentas para orientar clientes e consumidores e monitorar a qualidade através de indicadores e auditorias permitirá a identificação de desvios e possibilitará uma atuação preventiva, minimizando os efeitos sofridos pelos alimentos no mercado até chegar à mesa do consumidor.