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Mapa aposta em tecnologia de irradiação em alimentos para evitar desperdícios

O processo destrói microrganismos, bactérias, vírus ou insetos presentes nos alimentos. Mais de 60 países comercializam produtos com o uso de irradiação

Durante um evento online, transmitido na última quinta-feira (8), a empresa pública Amazônia Azul Tecnologias de Defesa (Amazul), vinculada à Marinha do Brasil, discutiu as vantagens do uso de irradiação na agricultura e pecuária. Os pontos apresentados foram: destruição de microrganismos causadores de doenças, prolongamento do prazo de validade dos produtos, retardamento do amadurecimento e brotação, esterilização de alimentos, tudo com segurança e sem o uso de produtos químicos.

Segundo o assessor da Secretaria Executiva do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), Luiz Eduardo Rangel, um dos integrantes do evento, a agropecuária brasileira, considerada uma das mais tecnológicas do mundo, discute estratégias para produção a partir dessa tecnologia, ainda pouco utilizada no país.

Atualmente o Brasil é o terceiro maior produtor de frutas, no entanto, ocupa o 23º lugar como o maior exportador. De acordo com os especialistas, o desempenho pode crescer bastante com o uso da irradiação. Ainda segundo eles, a irradiação é um importante aliado para a redução de perdas de produtos.

Tecnologia ainda não ganhou a confiança dos produtores

Uma das ações do governo federal é traçar estratégias para apresentar aos brasileiros as vantagens do uso da tecnologia. O MAPA planeja criar um plano de negócios para oferecer ao mercado ações como o levantamento sobre o mercado internacional de produtos irradiados, planos de marketing e divulgação da tecnologia do irradiador multipropósito, fatores a serem considerados para a instalação e funcionamento sustentável e viabilidade do negócio com utilização prioritária em produtos agropecuários, em especial frutas e hortaliças.

Eficiência do uso da irradiação em alimentos 

A Embrapa comprovou, por meio de pesquisas, a eficiência da utilização da irradiação em alimentos. “O uso de radiação ionizante é ainda uma opção com menor impacto ambiental, já que não deixa resíduos. Segundo dados da FAO, os alimentos irradiados mantêm suas propriedades nutricionais e organolépticas, além de não apresentarem qualquer risco toxicológico, radiológico ou microbiológico para o consumo humano. Estados Unidos, China, índia, Japão, Reino Unido, Argentina, Chile, Peru e parte da União Europeia utilizam a irradiação em especiarias, tubérculos, grãos, frutas, carne suína, frango, pescado, frutos do mar, ervas medicinais. Mais de 60 países comercializam produtos com o uso de irradiação”, diz o MAPA  no seu site oficial.

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