O Portal e-food, em parceria com a QIMA/WQS e o Laboratório Biocler, promoveu na última quinta-feira (25/04) um importante debate sobre o Programa de Monitoramento Ambiental na indústria de alimentos no 15º Fórum Portal e-food. O evento foi considerado um grande sucesso entre os participantes e reuniu temas pertinentes referente ao assunto.
O Fórum, conduzido pelas cofundadoras do Portal e-food, Natália Lima e Luciana Salles, colocou em questão assuntos relacionados a diferença entre monitoramento ambiental e validação de procedimentos de higienização; a ausência de legislação de referência no Brasil que determina parâmetros e padrões, quais os métodos indicados para coleta de amostras e muitos outros assuntos.
A palestrante Stela Quarentei, gerente de Operações da QIMA/WQS, falou sobre a ausência de legislação específica que possa definir limites para a contagem de microrganismos em superfícies de contato. Segundo ela, diante dessa lacuna normativa, as empresas se veem desafiadas a construir programas de monitoramento ambiental baseados em dados literários e nas melhores práticas do setor.
“Não temos legislação para isso no Brasil e nem no mundo inteiro. O que temos como base são referências técnicas. Isso acontece porque a responsabilidade do nível de alimentos é da própria empresa. Ela precisa olhar para isso e se questionar: em que locais temos maior possibilidade de contaminação? É de responsabilidade da empresa criar o seu próprio histórico”, explica Stela. A especialista completa: “as empresas hoje em dia querem receitas prontas, sem gastar muito dinheiro. Mas não é possível se não tiver resultados microbiológicos”.
A palestrante Fabiana Ferreira, engenheira de alimentos com ampla experiência em food safety e vendas técnicas, deu dicas valiosas para os participantes do 15º Fórum. Uma das principais orientações mencionadas durante a transmissão foi sobre não duvidar do resultado.
“Você fez um bom mapeamento, trabalha com bom laboratório, mas não duvide do resultado. Não se desespere, pois aqui estamos falando de um sistema de programa de monitoramento proativo, não trabalhamos com produto estéril. O Programa de Monitoramento Ambiental vai nos responder às perguntas pertinentes. Um resultado positivo é mais efetivo do que 100 negativos. Se encontrou um resultado negativo, construa um programa, faça um gerenciamento de risco, verifique em que zona você o encontrou”, aconselhou a especialista que tem mais de 20 anos de atuação na área.
A palestrante também compartilhou um importante gráfico sobre a escolha de locais para os pontos de amostragem. Veja na imagem abaixo:
Os participantes do 15º Fórum também tiveram a oportunidade de ouvir a Carol Castanheira. Ela é técnica em Laticínios e especialista em Análises de Alimentos e Bebidas e Gestão Estratégica da Qualidade e Food Safety. A profissional esclareceu se o Monitoramento Ambiental e a validação de procedimentos de higienização são a mesma coisa. Além de explicar a relação/importância do zoneamento de área com o Programa de Monitoramento Ambiental.
Quem também contribuiu para o momento de aprendizado foi a Rosecler Bilibio, fundadora do Laboratório Biocler. A profissional explicou qual o melhor momento para a amostragem, se é antes, durante ou após a higienização. Também abordou os métodos mais indicados para coleta de amostras. Foram citados esponjas, swabs e plaqueamento.
Além de participar do 15º Fórum, Rosecler aproveitou o momento para lançar a nova marca do seu laboratório Biocler. A empresa possui soluções completas para uma variedade de análises biológicas e químicas em diferentes áreas, como ar, água, alimento e superfície. Rosecler explicou que o laboratório foi criado com o objetivo de oferecer ao cliente soluções inteligentes que se conectam em diversas atividades do seu negócio.
Ao fim do nosso encontro no 15º Fórum, a conclusão que os palestrantes tiveram foi que a indústria de alimentos, a qualidade e a segurança dos produtos são prioridades incontestáveis. O monitoramento ambiental permite a identificação precoce de desvios nas condições ideais, prevenindo potenciais contaminações e garantindo a conformidade com os padrões regulatórios. Em ambientes controlados, como áreas de produção e armazenamento, a manutenção de condições específicas é essencial para evitar o crescimento de microrganismos indesejados que podem comprometer a integridade dos alimentos.
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