Franciane Muller trabalha na Maxiplast desde 1997 e teve a oportunidade de conduzir todo o processo de implementação do esquema da FSSC 22000 na Unidade Flexível em Caçador-SC. Ela conta que antes da decisão de buscar a certificação do Sistema de Gestão da Segurança de Alimentos, a unidade da Maxiplast passava boa parte do ano envolvida em atender às auditorias de clientes, que totalizavam uma média de 8 auditorias por ano. E quem trabalha na área de Gestão da Qualidade nas indústrias sabe que cada processo de auditoria envolve dedicação, é exaustiva e a empresa necessita: organizar as áreas e os documentos, acompanhar a auditoria, analisar o relatório final e tratar as não conformidades e oportunidades, caso sejam apontadas. Além da dedicação de tempo da equipe a empresa necessitava adequar seu sistema de gestão para cada solicitação dos clientes atendendo a requisitos específicos de cada um, mas dificilmente mantendo um padrão. Franciane comenta ainda sobre as despesas financeiras envolvidas nessas auditorias com honorários dos profissionais e logística, uma vez que alguns clientes não absorvem os custos, passando-os para seus fornecedores.
Ao analisar os protocolos de auditorias dos clientes, Franciane optou por adotar o esquema FSSC 22000, entendendo que esse esquema reunia as principais exigências apontadas nos questionários e auditorias, além de ser reconhecido pelo GFSI. A partir da decisão tomada, Franciane e a equipe da Maxiplast trabalharam por 2 anos na implementação dos requisitos. Com a vantagem de ter seus processos já padronizados e alguns programas em andamento em função da certificação ISO 9001 mantida desde 1997.
Quando perguntada sobre o apoio da Alta Direção, Franciane conta que a decisão pela certificação foi aprovada de imediato quando foram apresentados para os executivos os motivos, esforços e vantagens envolvidas.
Como motivação, eles poderiam atender as exigências referentes aos padrões de Qualidade e Segurança de Alimentos que os clientes intensificavam consideravelmente ao longo dos anos, acompanhar a legislação brasileira e ainda as tendências mundiais no que diz respeito a segurança de alimentos. Os esforços já tinham sido empregados ao longo dos 2 anos de trabalho das equipes da Unidade, para adequação dos programas e processos. Além disso, a Unidade indicada para certificação apresentava infraestrutura adequada em relação às Boas Práticas de Fabricação. E as vantagens eram a parte mais fácil – redução de custos com auditorias de clientes, minimização de riscos e diferenciação dentre os concorrentes, aumentando as possibilidades de negócios e vendas. A Alta Direção só pôde dizer sim à certificação!
E em dezembro de 2017 a Maxiplast obteve a certificação FSSC 22000. Franciane relata: “Foi uma sensação muito boa quando a empresa foi certificada”. E essa sensação ficou melhor ainda quando meses depois, um dos seus principais clientes passou a exigir que todos os fornecedores fossem certificados e a Maxiplast demonstrou vantagem competitiva frente aos seus concorrentes.
Para as empresas de embalagens que estão trilhando o caminho da implementação do esquema FSSC 22000, Franciane Muller dá as seguintes dicas:
- Manter-se motivado e seguir firme com o objetivo de implementação.
- Conhecer bem as normas, procedimentos e resoluções que regulamentam seu processo e produto.
- Ter embasamento seguro do que você está descrevendo e implementando nos seus procedimentos.
- Desanimo e a sensação que não conseguirão vai ocorrer, mas isso passará, manter o foco e assim conseguirão ter sucesso na implementação do sistema.
- A insistência em repassar o conceito das BPF para os colaboradores é fundamental, pois elas são a base de tudo.
- Muito boa sorte nesta caminhada com o esquema FSSC 22000.