Para garantir qualidade ao consumidor final, a cadeia B2B precisa conduzir seus processos com praticidade, eficiência e de forma condizente com as necessidades (e especificidades) demandadas pelos produtos que oferece. Crescente no Brasil, o conceito está atrelado ao conjunto de processos que envolvem desde o momento do pedido à entrega e pós-venda do produto.
Aplicado em diferentes setores, o fulfillment também é uma realidade no setor de alimentos e bebidas, que tem como ponto de atenção a manutenção de insumos, tendo em vista a sensibilidade de seus itens. Globalmente, estima-se que 14% dos alimentos sejam perdidos entre a colheita e a venda e, quando o foco é voltado para frutas e vegetais, o percentual aumenta para 20%. Dados do relatório de 2021 do PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente) mostram que 17% do total de alimentos disponíveis acabou descartados em residências, no varejo, restaurantes e outros serviços alimentares no ano de 2019.
Esse número acaba potencializado pela falta de organização e ineficiência da gestão de armazenamento, cujos custos podem chegar a 19% do faturamento, de acordo com dados da ABComm. “O armazenamento de alimentos possui uma série de particularidades e é de extrema importância que todo o ecossistema conheça práticas que, além de garantir segurança e qualidade ao consumidor, reverbere em valor agregado para a empresa. Por isso o fulfillment se coloca como uma ferramenta benéfica à integração das áreas de logística, operações e atendimento”, pontua João Alfredo Pimentel, fundador da 6place – plataforma digital de abastecimento especialista em fulfillment.
Confira cinco benefícios, na visão do empreendedor:
1- Redução dos custos de abastecimento para as indústrias: muitas vezes, as despesas de armazenamento e logística estão atreladas ao aumento da competitividade da indústria no mercado em que opera. Sendo assim, o fulfillment torna-se assertivo justamente por eliminar a necessidade de um armazém próprio, o que contribui para a diminuição dos custos fixos de manutenção da estrutura física e transporte em três temperaturas a nível nacional.
2- Aumento da capilaridade de vendas para as indústrias: a partir dessa reestruturação, cria-se a possibilidade de a indústria aumentar a abrangência da empresa no mercado de atuação para atendimento de novas demandas, impulsionando, também, a capilaridade das vendas para nível nacional.
3- Foco no processo produtivo: deixando o armazenamento e o manuseio do estoque com empresas especializadas, a indústria consegue focar e aderir a outros pontos da cadeia produtiva, os quais também estão diretamente relacionados à qualidade do produto oferecido. Esse foco, inclusive, pode ser direcionado para a expansão da rede, por exemplo.
4- Maior acesso para as redes de franquias e independentes: empresas concentram em seu marketplace todo o ecossistema de foodservice com fornecedores homologados. Isso possibilita que micro e macro empresas tenham acesso aos melhores preços e prazos, condições de compra e pagamento.
5- Maximização dos lucros: uma consequência do fulfillment é operar com estabilidade do CMV que, para o foodservice, está atrelada ao aumento dos lucros de toda a cadeia.