Portal colaborativo para profissionais, empresas, estudantes e professores da área de Segurança de Alimentos.

Embalagem bioativa mantém morangos frescos por até 12 dias

Pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Científicas da Universidade do Quebec usaram um filme plástico feito de quitosana, óleos essenciais e nanopartículas, ambos com propriedades antimicrobianas.

Por ser uma fruta difícil de se manter fresca por muito tempo nas prateleiras dos mercados e na geladeira do consumidor, uma embalagem bioativa para o morango foi objeto de estudo no Instituto Nacional de Pesquisas Científicas da Universidade do Quebec, no Canadá. A professora Monique Lacroix e sua equipe desenvolveram juntos um filme de embalagem que mantém os morangos frescos por até 12 dias.

De acordo com o estudo publicado na revista científica Food Hydrocolloids, o filme plástico é feito de quitosana, uma molécula natural encontrada nas cascas dos moluscos. Este subproduto da indústria de alimentos contém propriedades antifúngicas essenciais, que impedem o crescimento de fungos. O filme da embalagem também contém óleos essenciais e nanopartículas, ambos com propriedades antimicrobianas.

Segundo a professora, os vapores do óleo essencial protegem os morangos e se o filme entrar em contato com a fruta, a quitosana e as nanopartículas impedem que o mofo e os patógenos atinjam a sua superfície da fruta.

A equipe testou o filme em quatro culturas microbianas e alcançou eficácia contra Aspergillus niger, um fungo altamente resistente que causa perdas substanciais durante a produção de morango, contra os patógenos Escherichia coli, Listeria monocytogenes e Salmonella Typhimurium, que são uma grande preocupação para a indústria de alimentos.

Resultado

No 12º dia de experimento, a equipe registrou uma taxa de perda de 55% para o grupo de morangos expostos à embalagens já usadas e 38% para o grupo exposto à embalagem bioativa.

O estudo está disponível na íntegra aqui.

Total
0
Shares
2 comments
    1. Olá, a embalagem está em fase de estudo no Instituto Nacional de Pesquisas Científicas da Universidade do Quebec, no Canadá, e ainda não está disponível para venda.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Leia mais