Um estudo de doutorado da pesquisadora Gina Ross, da Universidade de Wageningen, na Holanda, desenvolveu um autoteste, chamado de ‘mini-laboratório portátil’, para detectar substâncias alérgenas em produtos. O teste, que funciona com a ajuda de um celular, é usado da seguinte forma: o consumidor coloca a amostra do produto que ele quer verificar no teste de imunoensaio e, se houver presença de alérgenos, uma linha preta aparecerá na tira de teste em alguns minutos com a quantidade de alérgeno na amostra. Se nenhuma linha preta aparecer no teste, o consumidor sabe que o produto alimentício é seguro para consumo.
Veja o vídeo do autoteste na prática
Detalhes do projeto: de acordo com a pesquisadora do projeto, Gina Ross, o autoteste detecta alérgenos usando anticorpos que se ligam a ‘intrusos’, como alérgenos ou vírus. No autoteste, a linha é criada com anticorpos específicos para um determinado alérgeno. Um segundo anticorpo na solução é marcado com nanopartículas de carbono e também se liga ao alérgeno.
Projeto acessível
De acordo com Ross, o teste é bastante fácil de ser manipulado se o consumidor tiver antes uma breve explicação. “A maioria das pessoas dizem não se envolver com assuntos como química e biologia depois da escola, mas sem saber acabam usando quando fazem um teste de gravidez, por exemplo. Disponibilizar essa tecnologia para todos por meio de um smartphone a tornará muito acessível. Isso nos permite democratizar a ciência e colocá-la nas mãos do usuário”, disse Ross na apresentação do projeto.
Os alergênicos
De acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), há mais de 170 alimentos considerados com potencial alergênico, mas, desses, há um grupo que é responsável pela maioria das ocorrências, sendo eles: ovos, leite, amendoim, frutos do mar, soja, trigo, castanhas e peixes.
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Ainda segundo a Associação, no Brasil não há estatísticas oficiais, mas estudos demonstram que há uma semelhança com a literatura internacional em que cerca de 8% de crianças e 2% de adultos são acometidos por alergias alimentares no país
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