A Bia Analytical, uma empresa irlandesa que presta serviço de detecção de fraudes em alimentos, adicionou a pimenta branca na sua lista de produtos mais propensos à alteração. A pimenta branca, assim como a pimenta preta, é feita das bagas da planta da pimenta, originária da Índia e cultivada em muitas outras regiões tropicais. Embora derivada da mesma planta, a pimenta branca vem de bagas que são colhidas na maturidade total e depois embebidas em água levando à fermentação. A camada externa é então removida.
A pimenta branca é geralmente mais cara de produzir do que a pimenta preta, pois o processo envolve mais etapas. É, portanto, um alvo de adulteração que ocorre através da adição de substâncias como cascas, peles, materiais usados e farinha.
A indústria de alimentos sofre constantemente com fraudes em diversos alimentos e por isso os profissionais da área decidiram investir em pesquisas que pudessem detectar a irregularidade. Em novembro do ano passado, por exemplo, o azeite virou notícia após uma grande investigação, coordenada pela Polícia Civil do Espírito Santo, desarticular uma organização criminosa que vendia óleo de soja no lugar da categoria de azeite indicada no rótulo da embalagem.
A especialista Ligia Malta também escreveu uma sequência de três artigos sobre a fraude em alimentos para o Portal e-food. “Prevenir a fraude em alimentos, além de aumentar a confiança dos consumidores naquilo que compram, mantém as práticas de negócio sustentáveis e justas, evitando a concorrência desleal entre produtores”, escreveu Ligia, que também é consultora na área de alimentos.
Leia a sequência dos artigos na íntegra: