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Mercado de plant-based será regulamentado no Brasil para garantir concorrência justa

Preocupação era transformar o país em referência em proteínas alternativas
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O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) vai regular a produção e distribuição dos produtos processados de origem vegetal conhecidos como plant-based para ordenar o mercado de proteínas alternativas. A ideia é proporcionar a coexistência das fontes de proteína – de origem animal e de origem vegetal. Para isso, uma Tomada Pública de Subsídios foi realizada entre junho e setembro do ano passado que levantou os anseios da sociedade sobre essa regulação.

A afirmação foi feita pelo diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov) da Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa, Glauco Bertoldo, durante um painel sobre inovações na Expomeat, feira internacional da indústria de processamento de proteína animal e vegetal, em São Paulo.

O relatório final da consulta pública compila 332 contribuições enviadas por entidades do setor de alimentos e consumidores. Segundo Bertoldo, o consenso é que falta transparência e clareza de informações ao consumidor, principalmente em relação à denominação do produto, a aspectos relacionados à sustentabilidade e benefícios à saúde, além da equivalência nutricional – comparada à proteína animal.

Segundo o diretor, a preocupação era transformar o país em referência em proteínas alternativas. “Temos plena convicção da coexistência das duas fontes. Ambas vão crescer e há espaço para ordenar esse mercado enquanto ele está crescendo”, disse. De acordo com Bertoldo, o mercado precisa ser regulado para que a concorrência entre os produtos possa ser justa.

O mercado de plant-based foi debatido por técnicos do setor público e da iniciativa privada na programação do Sedagro (Seminário sobre Defesa Agropecuária). Os especialistas informaram que não haverá proteína animal suficiente para alimentar a população mundial dentro de alguns anos. “O Brasil deve se destacar também no mercado de proteína de base vegetal. Seria um desperdício o país não ser referência nisso também”, disse Bertoldo.

Também participaram do debate a pesquisadora Caroline Mellinger, da Embrapa Agroindústria de Alimentos; Gabriela Pontin, diretora executiva de Negócios da Seara; Antonio Marcos Pupin, diretor de Assuntos Científicos e Regulatórios da Associação Brasileira de Bioinovação (ABBI); e Sergio Pinto, diretor global de Inovação e Novos Negócios da BRF. A moderação foi de Elton Massarolo, do Dipov.

Os produtos plant-based, assim denominados genericamente, referem-se a uma classe de produtos compostos unicamente por matérias-primas de origem vegetal e que buscam espelhar características (organolépticas e nutricionais) de produtos de origem animal existentes.

Fonte: Mapa

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