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Pesquisa vai explorar biomoléculas do Cerrado e Pantanal e seu uso em alimentos 

Projeto liderado por universidades públicas também deve desenvolver embalagens ecologicamente sustentáveis, reaproveitando sobras da produção de alimentos que seriam descartadas

Pesquisadores de universidades públicas brasileiras conseguiram financiamento para dar início a um estudo que vai explorar a diversidade molecular do Cerrado e do Pantanal de forma sustentável. O projeto Facility do Cerrado-Pantanal a Bioprodutos FoodTech vai fazer a busca por compostos naturais com potencial econômico para serem utilizados pela indústria de alimentos para a elaboração de novos alimentos, com embalagens ecologicamente sustentáveis e que contribuam para a valorização e conservação dos biomas.

A plataforma deve ser elaborada por meio de técnicas como a bioprospecção, que consiste na busca por compostos naturais com potencial econômico, além da utilização de bancos de dados para identificar as funções de biomoléculas vegetais detectadas nos biomas. O intuito é que as proteínas, peptídeos e demais compostos elencados na plataforma sejam utilizados pela indústria alimentícia para elaborar novos alimentos, as chamadas FoodTech.

“O projeto visa o emprego de biomoléculas com maior potencial conservante, antioxidante e antimicrobiano no setor alimentício, favorecendo, assim, o tempo de prateleira desses produtos, em especial carnes e laticínios. Além disso, contribui para uma alimentação mais saudável, com menos conservantes e químicos”, explica a pró-reitora de Pesquisa e Pós-Graduação e coordenadora da pesquisa, Maria Lígia Rodrigues Macedo.

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A pesquisadora salienta que, além da exploração molecular para desenvolver as FoodTech, o projeto também deve desenvolver embalagens ecologicamente sustentáveis, reaproveitando sobras da produção de alimentos que seriam descartadas. “A ideia é desenvolver embalagens, como por exemplo o bioplástico, a partir de resíduos vegetais ricos em fibras que seriam jogados no lixo. Assim, a biodiversidade molecular estudada também será utilizada na engenharia de embalagens biodegradáveis e bioativas por estratégias de nanobiotecnologia”, diz. 

O projeto foi aprovado em seleção pública para receber apoio financeiro da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). O edital apoia a pesquisa, desenvolvimento tecnológico e inovação, em projetos com foco em sistemas alimentares contemporâneos, novos ingredientes, proteínas alternativas e tecnologia de alimentos. A pesquisa será desenvolvida em parceria entre a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), a Universidade de Campinas (Unicamp), a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a Universidade Federal de Goiás (UFG) e o Instituto Senai de Inovação em Biomassa.

Saiba mais sobre o projeto.

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