As embalagens de verduras, legumes e frutas são expostas no supermercado, preferencialmente na câmara de refrigeração, sendo de procedência local ou vindas de locais longínquos. Nestas embalagens plásticas, os vegetais são identificados com: o nome fantasia, a origem (localidade desta cidade) e o peso (em gramas). Sendo elas, de procedência hidropônica, de plantio convencional e/ou orgânico. É importante ressaltar o uso frequente de embalagens de saco e rede de nylon para laranjas, leguminosas e vegetais folhosos. O isopor é uma embalagem que vem sendo substituída por materiais biodegradáveis, como melhor opção e adequação de distribuição destas hortaliças e frutas. O transporte de embalagens, para a venda para o varejo e para o consumidor, atualmente vem sendo utilizadas embalagens individuais e porcionadas, para proporcionar uma melhor adequação e preservação de frutas e hortaliças, contra danos mecânicos e perdas durante o transporte.
Uma outra opção para os consumidores, é a adoção do sistema a granel, ou seja, sem o uso da embalagem (por exemplo: frutas e legumes soltos nas gôndolas). É importante ressaltar, que a qualidade destas hortaliças está relacionada diretamente com a adoção de práticas agrícolas adequadas, seja o manejo e/ou trato cultural destas hortaliças implementadas nesta produção agroindustrial. Outros aspectos importantes a serem destacados envolvem a origem da água utilizada para o sistema de irrigação, e a composição/qualidade do solo (terra), principais formas de contaminação para algumas culturas agrícolas. Para aqueles que estudaram a disciplina de microbiologia de alimentos, fontes de contaminação são mencionadas no conteúdo programático para estudantes da Engenharia de alimentos e outros cursos. Além dos aspectos microbiológicos, outras fontes de contaminação podem ser mencionadas, dentre elas: ar, terra, poeira, água, pragas e insetos, produtos químicos e da manipulação pós-colheita de frutas e hortaliças.
Vale destacar outros erros cometidos na pós-colheita como: manipulação, transporte e embalamento não adequados para frutas e legumes. Por exemplo, caixotes de madeira são a principal fonte de contaminação ocasionada por fungos – sendo a madeira um material que absorve umidade e que fica exposto à temperatura ambiente durante o transporte, além de difícil higienização. Uma alternativa é o uso de caixotes plásticos. Eles são adequados para o transporte, podem ser higienizados e têm uma maior durabilidade, em contramão das embalagens de papelão e de madeiras, que não são adequadas do ponto de vista higiênico-sanitário. Por vezes, estas embalagens podem contribuir com as injúrias mecânicas e o amassamento (provocado por choques mecânicos) durante o transporte, e também corroborando para a perda pós-colheita de frutas e hortaliças.
Dentre as questões a serem respondidas neste texto, como: “Verduras embaladas para venda em supermercados são seguras? Frutas e legumes soltos ou embalados?”.
Sim. Os produtos já embalados como verduras, leguminosas, tubérculos, especiarias, hortaliças e os minimamente processados, já passaram pelas etapas de seleção, higienização e sanitização, lavagem, enxágue, centrifugação, corte, embalamento e refrigeração. Vale ressaltar, que todas as etapas desta cadeia produtiva são aplicadas para todas as hortaliças e frutas. Sendo assim, correspondentes às práticas adequadas para garantir a segurança dos alimentos e com o intuito de assegurar a saúde e o bem-estar dos consumidores.
No entanto, a contaminação microbiológica pode ocorrer após a conclusão das etapas operacionais. Os erros operacionais podem ocorrer durante a manipulação do operador, pela utilização de utensílios mal higienizados e pela exposição prolongada dos alimentos a temperatura ambiente. Por isso, para garantir a qualidade destes produtos prontos para o consumo é importante implantar as boas práticas de fabricação. Além disso, para garantir a segurança destes produtos acabados, recomenda-se o uso do APPCC (Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle) e outras ferramentas da Qualidade.
Por fim, frutas e legumes soltos ou embalados?
Como mencionado anteriormente, todo produto acabado (manufaturado) ou na condição in natura, como frutas e legumes, para a venda no supermercado, pode apresentar condições ideais, seja solto ou embalado. Porém, o produto embalado apresenta condições superiores em relação às frutas e aos legumes soltos. Dentre as desvantagens das frutas e legumes soltos, estão relacionadas às condições de: temperatura ambiente, umidade relativa, presença de oxigênio, presença de luz e calor que podem contribuir para a perda da qualidade pós-colheita. Contudo a cadeia produtiva de frutas e hortaliças deve garantir a preservação, da manutenção e assegurar a qualidade pós-colheita destes alimentos.
GOSTEI DA EXPLICAÇÃO