A start-up Chromologics, um projeto que nasceu dentro da Universidade Técnica da Dinamarca, se tornou referência para a produção de corantes alimentícios naturais. A empresa formada em 2017 pelos cientistas Gerit Tolborg e Anders Odum descobriu um novo grupo de pigmentos fúngicos durante uma pesquisa na universidade dinamarquesa.
Através do uso de fermentação de precisão, a empresa quer estabelecer uma nova referência para a produção de corantes alimentícios naturais, seguindo padrões sustentáveis. Os fundadores da empresa vislumbram um futuro onde os corantes alimentares naturais cultivados em laboratório substituam os corantes naturais convencionais.
O processo de fermentação patenteado permite a produção de corantes alimentícios cultivados em laboratório, feito esse pioneiro no mundo, segundo a start-up. “Nossa produção é sustentável, escalonável e com custo competitivo. Ao contrário de outras cores naturais existentes, nossos corantes não são extraídos de matérias-primas de alto valor, como frutas e vegetais, mas produzidos por nossa fábrica de células de tipo selvagem. Nossas cepas de fungos não são OGM e nossos pigmentos são compatíveis com a maioria das necessidades dietéticas, incluindo dietas kosher, halal e veganas”, é o que diz o projeto dinamarquês em sua apresentação para clientes e investidores.
Atualmente, a Chromologics está em processo de conseguir a aprovação regulatória nos Estados Unidos e na Europa. Com a autorização, a start-up acredita que poderá ampliar a produção em escala industrial.
A iniciativa vem em um momento bastante propício para o setor. O mercado de corantes alimentícios naturais está em uma crescente desde 2011, quando ultrapassou as vendas de sintéticos. De acordo com o relatório anual sobre o mercado global Corantes de Naturais, o segmento deverá crescer significativamente até 2026. Esse impulsionamento acompanha o processo de mudança no comportamento do consumidor, que passou a demandar por rótulos limpos.
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