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Mal da vaca louca: entenda os casos confirmados no país e os riscos

MAPA informou que estes são o quarto e quinto casos da doença de origem atípica registrados em mais de 23 anos de vigilância para a doença

A Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) confirmou no último sábado (4) a ocorrência de dois casos atípicos de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), conhecida como o mal da vaca louca. A confirmação se deu após a análise de dois casos ocorridos em frigoríficos de Nova Canaã do Norte, em Mato Grosso, e de Belo Horizonte, em Minas Gerais. A análise foi realizada pelo laboratório de referência da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), em Alberta, no Canadá.

Segundo a pasta, estes são o quarto e quinto casos de EEB de origem atípica registrados em mais de 23 anos de vigilância para a doença. Os dois casos ocorridos no Brasil, um em cada estabelecimento, foram detectados durante a inspeção ante-mortem, ou seja, trata-se de vacas de descarte que apresentavam idade avançada e que estavam em decúbito nos currais.

Os órgãos regulamentadores concluíram, antes mesmo da emissão do resultado final do laboratório, todas as ações sanitárias de mitigação de risco. “Portanto, não há risco para a saúde humana e animal”, destacou o MAPA.

Ainda de acordo com o ministério, a OIE exclui a ocorrência de casos de EEB atípica para efeitos do reconhecimento do status oficial de risco do país. Desta forma, o Brasil mantém sua classificação como país de risco insignificante para a doença, não justificando qualquer impacto no comércio de animais e seus produtos e subprodutos”.

Há dois tipos de contaminação da vaca louca

  • A EEB atípica ocorre de maneira espontânea e esporádica e não está relacionada à ingestão de alimentos contaminados. Quanto mais velho o animal, maior é o risco de contaminação.
  • A contaminação pode ocorrer através de rações com proteína animal contaminada. De acordo com a legislação do Ministério, o Brasil não está autorizado a usar este tipo de ingrediente na ração para bovinos. 

O que fazer quando um caso é confirmado?

Segundo especialistas na área, não há indícios de transmissão da doença de uma vaca para outra. No entanto, após o diagnóstico, mesmo esse ainda não tendo resultado oficial de um laboratório, o produtor deve colocar o bovino para o abate e incinerar o corpo, evitando que este animal se torne alimento. É necessário também avisar ao serviço oficial de defesa sanitária.

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