A fraude alimentar em meio a desastres naturais é um problema que afeta a segurança de alimentos e a saúde pública. Atualmente, não há uma correlação direta entre o aumento de fraudes alimentares e desastres naturais, porém, em razão dos diversos impactos é notório um cenário propício para que a fraude seja atrativa. Um exemplo disso são os grãos com altos limites de aflatoxinas, devido às altas umidades do ambiente de estocagem.
Em momentos de crise, como enchentes, terremotos ou furacões, a infraestrutura também pode ser severamente danificada, dificultando o transporte e a distribuição de alimentos. Este cenário se torna propício para a ocorrência de fraudes, já que a demanda por alimentos aumenta e a supervisão dos órgãos fiscalizadores pode ser limitada.
Segundo o especialista em Segurança de Alimentos e Coordenador Técnico na QIMA/WQS, André Teixeira, as fraudes podem assumir várias formas, como a adulteração de alimentos com substâncias nocivas ou a substituição de produtos de qualidade por outros inferiores.
“É observado um possível agravamento da saúde dos consumidores, devido às fraudes por substituição por produtos de menores valores agregados com alergênicos ou até de substâncias que não sejam adequadas para produção de alimentos, pela escassez de insumos”, explica o especialista em entrevista ao Portal e-food.
Leonardo Cizmic, Gerente Técnico na QIMA/WQS e engenheiro químico com experiência há mais de 20 anos na área de Segurança de Alimentos, reforça a importância de estar atento aos relatórios disponibilizados por órgãos regulamentadores, tanto nacionais quanto internacionais.
“É importante manter-se atualizado através das bases de dados mundiais, como o órgão europeu Rapid Alert System for Food and Feed (RASFF) e a Food and Drug Administration (FDA), departamento dos Estados Unidos (EUA). Já para informativos no Brasil temos os sites dos órgãos regulamentadores Anvisa e Mapa. Além disso, é importante intensificar os controles de recebimento de insumos e matérias-primas com alto risco de fraude, como o mel, leite e temperos”.
O tema sobre fraude alimentar em meio a desastres naturais será um dos assuntos abordados no VI Fórum de Segurança dos Alimentos da BRCGS, co-organizado pela QIMA/WQS no próximo dia 29 de agosto de 2024, em São Paulo. Os especialistas entrevistados nesta notícia, André Teixeira e Leonardo Cizmic, vão conduzir o momento no Hotel Novotel São Paulo Center Norte.
A QIMA/WQS, como entidade Certificadora de 3ª parte realiza as auditorias de acordo com os protocolos reconhecidos pela GFSI (como a BRCGS) que abordam requisitos de fraudes, se engaja na qualificação de seus auditores para ter a maior competência nas avaliações destes requisitos, auxiliando na mitigação de fraudes. Além disso, também possui treinamentos que capacitam os participantes a entender, identificar e formular mecanismos para mitigar as possibilidades de fraude.
Saiba mais sobre o VI Fórum de Segurança dos Alimentos da BRCGS
O VI Fórum de Segurança dos Alimentos da BRCGS tem como objetivo aprimorar a gestão da segurança dos alimentos em toda a cadeia de fornecimento e proporcionar atualizações essenciais sobre a norma BRCGS. Especialistas e profissionais do setor se reunirão para discutir os desafios e as melhores práticas na área, incluindo palestras com foco em embalagens.
Não perca esta oportunidade de se atualizar e contribuir para a melhoria contínua da segurança dos alimentos. As inscrições para o evento estão abertas e o Portal e-food é presença confirmada.
