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Vantagens da certificação no processo de expansão da fruticultura brasileira 

Crescimento do setor elevou o Brasil à posição de terceiro maior produtor mundial de frutas, ficando atrás apenas da China e da Índia. Confira as principais vantagens de se obter uma certificação

Nos últimos anos, a fruticultura brasileira experimentou um notável crescimento, elevando o Brasil à posição de terceiro maior produtor mundial de frutas, ficando atrás apenas da China e da Índia. Apesar da reconhecida aceitação das frutas nacionais no mercado internacional, as exportações do país ainda se encontram em estágio inicial.

Isso porque no mercado internacional existem diferentes possibilidades de comércio, tanto para frutas in natura, quanto para produtos derivados. E hoje, cerca de 95% da produção brasileira atende apenas aos consumidores internos, fazendo com que exista um anseio no aumento do comércio para outros países. É importante ressaltar que houve um aumento significativo na produtividade, mantendo a produção estável e reduzindo a área de cultivo.

De acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), o país possui um grande potencial para expandir a produção, o período de oferta e a participação no cenário global. A fruticultura ocupa apenas 0,3% do território, em comparação com os 7,8% ocupados por lavouras. Mesmo assim, gerou um aumento de 9% nos empregos formais ligados à agropecuária. Portanto, este é um momento propício para aqueles que desejam ingressar no setor de fruticultura e contribuir para o aumento do número de exportações.

Para isso, é preciso se atentar ao papel fundamental da certificação no fortalecimento e na competitividade da fruticultura brasileira. Com um mercado cada vez mais globalizado e exigente, a certificação assegura a conformidade dos produtos às normas de qualidade e segurança, tanto para o consumo interno quanto para a exportação.

A certificação concede reconhecimento às marcas conforme padrões internacionais de boas práticas agrícolas e de sustentabilidade. Com isso, os produtores de frutas brasileiras garantem autoridade no mercado, demonstram altos níveis de responsabilidade com seus produtos e impulsionam outros fruticultores a fazerem o mesmo.

As empresas certificadas podem e devem utilizar a identidade visual do selo em suas embalagens quando permitido pela norma, documentos e materiais promocionais. Dessa forma, fortalecem ainda mais as frutas nacionais, proporcionando maior visibilidade e prestígio no mercado internacional e transmitindo confiabilidade para os consumidores.

A divisão de alimentos da QIMA, representada pela QIMA/WQS, QIMA IBD e QIMA Produce, referência sólida e abrangente para o setor alimentício, listou as principais vantagens da certificação. De acordo com o Grupo QIMA, com o certificado é possível agregar valor à mercadoria, produzindo itens que vêm de encontro à demanda crescente dos consumidores. As principais vantagens são:

  •       Ter a marca reconhecida no setor orgânico e/ou sustentável;
  •       Acesso a novos mercados;
  •       Maior retorno econômico;
  •       Conservação e aumento da fertilidade dos solos a médio/longo prazo;
  •       Redução do uso de insumos externos;
  •       Melhorias no sistema de gestão;
  •       Menor impacto ao meio ambiente;
  •       Transparência e rastreabilidade da cadeia de produção;
  •       Otimização do uso de recursos naturais;
  •       Garantia de sustentabilidade ecológica da propriedade.

Para o mercado, a certificação sustentável na fruticultura não é apenas uma vantagem competitiva, mas também uma afirmação do compromisso do Brasil com a produção de alimentos de alta qualidade e sustentáveis. Isso não apenas impulsiona a economia do setor agrícola, mas também contribui para a reputação internacional do país como um produtor confiável e responsável. Ao mesmo tempo, promove a geração de empregos e estimula o crescimento econômico, solidificando a posição do Brasil como um líder no mercado global de frutas sustentáveis.

É possível, ainda, destacar os projetos sociais e ambientais que a empresa apoia. Independentemente do modelo de produção, a obtenção do certificado exige o cumprimento rigoroso das normas de controle de defensivos. Para Alexandre Harkaly, Diretor de Integração Estratégica da QIMA IBD, “os padrões orgânicos podem eventualmente ser implementados para todas as práticas agrícolas. Ir além para preservar também a saúde do solo, construir sistemas biodiversos, economizar água e atuar positivamente no social além de atender às demandas prioritárias dos colaboradores, deve ser o objetivo de todos os agricultores”.

Adicionalmente, é fundamental considerar as preferências do público consumidor, incluindo a padronização e higienização das frutas, assim como a qualidade das embalagens. Harkaly destaca: “As certificações de terceiros têm demonstrado sua eficácia ao garantir um alto nível de padronização, fidelização dos clientes e promover a lucratividade a longo prazo na indústria de alimentos”.

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Potencial de crescimento sustentável na fruticultura brasileira

De acordo com a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), só em 2021 o país exportou mais de 40 espécies, batendo um recorde de 1 bilhão de dólares. O principal destino foi a União Europeia, que rendeu ao Brasil 52,6% em vendas, seguido do Reino Unido e Estados Unidos, responsáveis por, respectivamente, 15,7% e 12,8% dos proventos. Dentre as frutas mais exportadas estão manga, melão, uva, limão, maçã, melancia e mamão, que correspondem a marca de 80% desse faturamento internacional.

Ainda segundo a Abrafrutas, o histórico de produção dessas principais frutas evidencia um crescimento da produtividade. Num período de 10 anos, de 2010 a 2020, a produção de mangas cresceu 32%, enquanto a área cultivada foi reduzida em 6%; isso representa alta de 40,3% na produtividade. Algo semelhante aconteceu com limões e limas, cuja produtividade apresentou aumento de 17,4% no mesmo período.

A agricultura orgânica, um componente vital da sustentabilidade, embora não o único, ainda tem espaço para crescer no Brasil. O país fica atrás da República Dominicana, Equador, Peru e Colômbia na produção orgânica de bananas, cacau e outros produtos. Isso destaca a grande oportunidade que temos para explorar novos mercados e atividades ainda não dominadas.

Fonte: https://agriculture.ec.europa.eu

Grupo QIMA

O Grupo QIMA, desempenha um papel essencial no setor alimentício. Ao priorizar certificações orgânicas de ponta e soluções voltadas para a segurança dos alimentos, a empresa demonstra um compromisso com os mais altos padrões de produção sustentável e responsável. Esta abordagem não apenas eleva a competitividade no mercado dos clientes beneficiados pelo serviço, também posiciona o Grupo QIMA como líder na promoção de práticas agrícolas e pecuárias éticas e ecológicas. Estar na vanguarda das certificações orgânicas é crucial para garantir a qualidade e a sustentabilidade dos produtos alimentícios no cenário atual.

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