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BRF investe US$ 2,5 milhões para seguir com proposta de carne cultivada

Esta é a segunda etapa para estreitar laços com a startup líder mundial no segmento

A BRF deu mais um passo para emplacar no setor mundial de carne cultivada. Em uma espécie de ‘segunda rodada’ deste grande investimento, anunciado anteriormente no Portal e-food, a companhia investiu US$ 2,5 milhões na Aleph Farms, startup israelense e uma das líderes em carne cultivada do mundo, desenvolvida a partir de células bovinas não geneticamente modificadas. Outras corporações e pessoas físicas também fizeram investimentos na startup, totalizando US$ 105 milhões aplicados.

A Aleph Farms vai usar os recursos para executar seus planos de comercialização de carne cultivada em larga escala global e expansão do portfólio. Até o momento, a empresa arrecadou mais de US $ 118 milhões.

Com esse movimento, a BRF chega mais perto de colocar em prática o plano de atender à crescente demanda dos consumidores por novas e alternativas fontes de proteína, trazendo tecnologias inovadoras para o Brasil. Segundo a companhia, esse é também um importante marco da BRF rumo à estratégia de crescimento apresentada na Visão 2030, plano estratégico que levará a multinacional a atingir receita superior a R$ 100 bilhões na próxima década, consolidando-se como uma das líderes do setor de alimentos no mundo.

“É um mercado em franca expansão e queremos liderar essa transformação na forma de consumir proteínas. Acreditamos que esse investimento e a parceria estratégica com a Aleph Farms representam o futuro da nossa relação com a indústria alimentícia e contribuem para potencializar startups que estão na vanguarda da transformação”, afirma Marcel Sacco, vice-presidente de Novos Negócios da BRF.

O que é a carne cultivada?

Toda carne é composta de células, até os menores seres vivos da natureza. A produção de carne cultivada começa com a obtenção de células de alta qualidade de animais, porém sem o abate. As células são cultivadas fora do corpo do animal com o fornecimento de nutrientes e ambiente propício para o seu desenvolvimento. O processo automatizado e o ambiente estéril eliminam a necessidade de antibióticos e reduz muito o risco de patógenos ou contaminantes. Todo esse processo leva uma fração do tempo necessário para cultivar carne convencional com uma fração dos recursos que exige.

Ainda em fase de testes, a novidade poderá chegar ao mercado brasileiro de diversas formas, como hambúrguer, almôndegas, embutidos como salsicha, ou mesmo steaks. Diversos estudos, realizados com base na metodologia de Análise do Ciclo de Vida, apontam que a produção de carne cultivada tem potencial para reduzir significativamente a emissão de gases do evento estufa, além de diminuir o uso de terras para criação de animais em mais de 90% e o uso de água em até 50%. A carne cultivada será livre de quaisquer antibióticos, o que proporciona maior saudabilidade à proteína e menos riscos à saúde do consumidor. Também vale ressaltar que a carne cultivada provém de uma amostra celular animal 100% natural.

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